terça-feira, 13 de agosto de 2013

Entrevista com os autores da The King (33): Ricardo Santos


Ricardo Santos, um dos autores da The King, nasceu em Salvador, em mil novecentos e setenta e sete. Com o conto O diálogo, ganhou o primeiro lugar do concurso Exercícios Urbanos, promovido pelo Portal Literal, em dois mil e seis. Publicou em dois mil e oito, o livro de viagens Homem com Mochila (edição do autor). Formado em jornalismo, atualmente é servidor público. Contato com o autor (ricardosantos.77@hotmail.com).

1.      Ricardo Santos, como você e a literatura se conheceram?
Meu gosto pela leitura começou ainda criança, quando meus pais assinavam para mim e para meu irmão mais novo revistas em quadrinhos da Disney e da Turma da Mônica. Já adolescente, as aulas de Literatura na escola me despertaram para os clássicos. Na verdade, mérito maior das obras do que dos professores. Depois me interessei por quadrinhos menos convencionais, por autores contemporâneos e de gêneros como policial e terror.

2.      Por que a profissão de escritor lhe interessou?
Mais do que uma profissão, a escrita é uma paixão. Sou um leitor voraz. Por isso, os mecanismos da escrita de ficção sempre me fascinaram. Um romance ou conto tem um poder incrível, diferente de outras mídias, de gerar todo tipo de reação, das mais intensas, apenas usando-se palavras.

3.      Por que participar de uma antologia?
É uma oportunidade de seu trabalho ser conhecido, comentado. Um estímulo para levar adiante projetos mais ambiciosos.

4.      Fale um pouco sobre a The King?
A antologia é uma ótima oportunidade para o leitor ter contato com novos autores do terror nacional, além de prestar homenagem a um mestre do ofício.

5.      Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?
A edição de uma antologia é um processo complicado porque tem que satisfazer o ego não de um escritor, mas de vários. Por isso, o profissionalismo dos editores é fundamental para que prazos sejam cumpridos e o produto final seja o melhor possível.

6.      Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?
É um mercado em expansão. Há muitas editoras, pequenas e grandes, operando no País. Há livros de todos os preços. E a internet facilita a divulgação e a compra deles. O problema hoje não é publicar, mas conquistar leitores. A leitura por prazer, em grande escala, é algo ainda recente no Brasil.

7.      Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?
De escrever ficção, de direitos autorais, poucos conseguem. Agora é possível viver de literatura se a pessoa se envolver com o mercado editorial, como editor, tradutor, ilustrador, revisor de texto, palestrante, ministrando cursos etc.

8.      De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?
Já há muito tempo a internet é a melhor maneira de alguém divulgar seus textos e discutir sobre eles, diretamente com o leitor. E hoje é possível até mesmo comercializar seu trabalho apenas pela internet com bons resultados.

9.      Qual a influência de Stephen King em sua literatura?
Ele é ótimo em escrever tramas em que os personagens se encontram em situações-limite, com a tensão crescente.

10.  Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
Quero continuar publicando na internet, participando de concursos e antologias. Também pretendo começar em breve a escrever um livro de contos de maior fôlego.   


Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul

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